quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Paralizar

Há momentos em que deixamos de pensar - não conseguimos pensar mais, porque, por mais que pensemos, a cabeça continua oca ou lotada do irresolúvel. Passam horas, dias, anos, e as coisas não mudam.
Trabalhos pontuais, papéis verdes para preencher, quilómetros de estrada; dobram-se esquinas depois de esquinas, travam-se conhecimentos, calejam-se as mãos, rabiscam-se milhares de papéis, diagramas de contas, gráficos de despesas, acorda-se cansado.
Não se vai de férias, fica-se por aqui e por ali. Desespera-se.
Travam-se batalhas; pragueja-se o indizível; espera-se.
Nada é definitivo.

É definitivo sim.... o IVA, o IRS e a Segurança Social. A água, a luz, o gás. A Internet, o café e os cigarros. A comida, a bebida e a higiene. A escola, os livros e os lápis. Os transportes, a farmácia e o médico.

Para tudo... Até o cérebro.

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