Ontem, quando dei por mim, estava a ouvir a Eclesia, aquele programa da igreja. Não tinha reparado, pois falava-se de livros. A certa altura, entrevistaram uma escritora e eu notei que havia um certo tom religioso no seu discurso. Embora me tenha submetido aos rituais católicos enquanto criança (os meus pais nunca me obrigaram e o meu pai é ateu ou agnóstico, já não sei), não partilho desta crença. Não tenho bem a certeza, mas acredito que talvez seja uma agnóstica teísta. Por um lado não me parece que a questão da existência divina esteja comprovada, por outro, nada me impede de, por vezes, assentar os meus desejos numa fé.
Bom, questões de religião à parte, o que eu quero dizer é que ouvi uma frase muito interessante da qual não me esqueci (estranho porque ultimamente esqueço-me de tudo):
A família são os amigos que nos deram; Os amigos são a família que escolhemos.
Ora cá está! É isto mesmo que eu sinto: se por um lado tenho uma família que me acompanha sempre, que está sempre ao meu lado, que nunca deixa de ser minha amiga, por outro lado, considero os meus verdadeiros amigos como parte integrante da minha família. Sinto-me grata seja a uma divindade ou a um ser sobrenatural por ter sido muito bem dotada desta coisa tão importante que se chama família - feita daqueles que são do meu sangue e daqueles que eu escolhi para fazerem parte dela.
Um bom dia para todos!
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