domingo, 28 de agosto de 2011

A Praia ao Domingo


Bem sei que ir à praia ao domingo não se encaixa, de todo, no meu perfil. O que é certo é que, com uma brasa de 28º em Lisboa, que fazer? Eu podia ter ficado em casa a fazer coisas, ou podia ter ido visitar a família, ou encontrar-me numa esplanada para bebericar e palrar. Mas não. Depois da belíssima noite de ontem, o que eu precisava era mesmo de um mergulho para refrescar o cérebro. Além disso, não conseguia encarar o desperdício de um dia tão bom, já que este verão não tem sido maravilhoso.
Assim sendo, lá agarrei eu nos do costume, livro, protetor e batom e fiz-me à estrada.
A viagem agradável, o azul do mar penetrante, a brisa que entrava no meu descapotável, tranquilizante.  Até a estacionar tive sorte (quem me conhece sabe bem que é costume).
Tudo parecia correr bem.
Apesar da árdua e confusa tarefa de conseguir um lugar ao sol, lá arranjei o meu canto. Não preciso de muito. Não tenho toalha, apenas um pareo e a minha lancheira. (Eu não consigo sair de casa sem lanche, perdoem-me os mais chiques, mas apesar da minha chiqueza, permito-me fazê-lo).
Como já disse, tudo parecia estar a correr bem. Mal cheguei mandei logo um mergulho. Depois outro, e outro. A água, fria, mas não gélida. Entre as idas e vindas, umas páginas do meu grosso e empolgante livro.
Depois a moleza. Brasas... estava quase quase quando chega um grupo de três. Duas gajas com os decibéis desregulados, o tipo nem se ouvia. Parvas, parvas e parvalhonas. Não viam que eu estava a tentar dormir??
Filhas da...Prestes a dar cabo delas, com a minha lancheira já em punho para lhes acertar na cabeça, fiquei confusa. Já não sabia se havia de bater nelas ou em dois putos que só berravam.
Ah caneco!!!!! Se fossem meus filhos! Iam para o carro de castigo e mais nada! Mas não senhor! Os paizinhos hoje em dia são tão mal educados como as suas crias e não se incomodam com o bem-estar dos outros. Mas eu pergunto, como poderão eles não se incomodar a si próprios com crianças tão desordeiras e mal educadas? Gritões, mal educadões!
Que nervos...
Lá tive eu de me retirar, pois Quem está mal que se mude.




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