segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O homem estava sentado numa mesa, de cigarro numa mão e copo de whisky na outra. On the rocks, sempre. Truque para não beber tanto.
A abordagem foi feita por ela. Morena, alta, de olhos verdes. Disponível, ou pelo menos parecia.
-Olá, desculpe. Pode arranjar-me lume?
- Sim, claro. Aqui tem. – Nada má, esta. Terá sido isto um pretexto? Falo mais com ela? É toda gira. – Pensou.
- Costumas vir aqui?
- Não sou de cá. É a primeira vez que aqui venho.
- Estás a gostar?
- Estou. E tu? Estás sozinho?
- Sim. Estava com uns amigos. Já se foram embora. Vi-te e apeteceu-me ficar. – Esta saiu bem. De certo acredita. Pensou.
- Ah sim? E isso porquê? Quem te garantia que eu falasse contigo?
- Podias não ter falado, mas só olhar para ti já era bom.
- Um verdadeiro galã, estou a ver.
- Nã, é só a verdade.
- Olha, tenho de ir! Adeus.
Então afinal, mete-se comigo e depois baza? Estou intrigado. Assim valia a pena saber quem era.
Olha, mais um parvo. Só olhar para mim já vale a pena? Grandes totós!

O homem está sempre quieto, no seu canto. São elas que se metem com eles. São elas que lhes oferecem a possibilidade de dizer parvoíces e ser uns perfeitos anormais. 

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