Tenho uma prima que me disse há algum tempo que a vida nos dá sinais. Na altura não percebi muito bem, mas não deixei de ignorar a sua 'teoria'. Segundo ela, estes indicam-nos que caminho tomar, e nós teimamos em não os ver. Devemos aprender a lê-los. Eu só não percebia muito bem como é que eu poderia dar por esses sinais.
À medida que o tempo foi passando, e depois de ouvir a explicação da minha prima, fui ficando mais atenta para tentar perceber que sinais seriam esses. E não é que eles existem mesmo? Tu sabes muito prima!
Para que possam perceber melhor esta ideia, deixo-vos uma anedota que um amigo me contou quando lhe falei disto:
"Há um sr. que se encontra num prédio em chamas. Teima em não sair do prédio, mesmo depois de os vizinhos muito insistirem, pois crê que Deus o virá salvar. Teima em não sair do quando os bombeiros vêm buscá-lo. Vê-se obrigado a subir ao telhado, pois as chamas devoram todos os andares. Aparece um helicóptero pronto a içá-lo. Ele teima em não sair sempre certo que Deus o vem salvar. Acaba por morrer e quando chega ao céu queixa-se a Deus: "Deus, aguardei por um sinal teu, esperei que me salvasses, e tu não o fizeste!" Deus respondeu-lhe: "O quê?! Que querias que fizesse mais? Mandei-te os vizinhos, mandei-te os bombeiros, mandei-te um helicóptero! Querias ainda mais sinais?"
A mim parece-me que somos levados por uma cegueira momentânea que nos impede de optar pelo caminho certo. Por vezes, as coisas que vão acontecendo, os entraves que se nos colocam, não são nada mais nada menos do que a indicação de que não vale a pena insistir numa determinada coisa.
E isto já me aconteceu... e eu não soube ler os sinais. Voltou a acontecer agora... e eu já soube ler os sinais. Acredito agora naquilo que a minha prima me disse e coíbo-me de voltar a cometer os mesmos erros.
Catrapiscam?
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