terça-feira, 5 de julho de 2011

Novo Acordo Ortográfico



Não sei se já repararam, mas dei início a este blogue seguindo as regras do novo acordo ortográfico. Não é fácil fazê-lo, pois ainda não as interiorizei todas. Além disso, a própria ideia de escrever de maneira diferente ainda me faz hesitar. 
Já há muito que se instalou a confusão com uns a favor e outros terminantemente contra. Confesso que, a princípio me fez muita confusão, só pensava que os brazucas nos iam roubar a nossa língua. Quando ouvia o Professor Carlos Reis ficava eriçada, para não dizer outra coisa. Não podia deixar de concordar com Graça Moura quando este afirmava que o novo acordo está cheio de vícios e coisas nocivas, como por exemplo as grafias facultativas. Mas que raio! Agora cada um escreve como lhe der na real gana? 
Bom, o que é facto é que até 2015 temos um período de adaptação, um período que podemos voltar a aprender a escrever... Não seríamos nós néscios se não aproveitássemos esta oportunidade? Ora vejamos: acaba por ser mais simples não fazer uso das letras que não se leem – eu digo ação, não digo aCção; é mais fácil suprimir o hifen do que ficar na dúvida – a partir de agora, eu escrevo minissaia (se as palavras começarem com a mesma vogal, não podemos fazer isto); passamos a usar o KY e W – nem quero imaginar a ter de escrever uindsurfe... Uma Ilíada de grafias para a qual temos ainda 4 anos... Não queremos ficar para trás, pois não? E depois, deixem lá, a nossa identidade manter-se-á. Enquanto os brazucas continuam com a sua mandioca, tapioca, o seu burututu e jacaparaguá (esta inventei agora), nós continuamos com as nossas caras de bacalhau (para não dizer outra coisa porque sou uma rapariga de decoro), com a nossa alheira, ou com os nossos gajos e gajas.


P.S.: Se queres usar a nova grafia e te sentes com muitas dúvidas usa o Conversor para o AO - http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Conversor-para-o-Acordo-Ortografico.aspx

Sem comentários:

Enviar um comentário